Para qualquer pai ou mãe que se preze de o ser, “Dia da Criança” é qualquer dia do ano. Os filhos estão sempre à frente do que quer que seja e muito acima daquilo que nos parece ser alguma das nossas prioridades. De manhã, logo ao acordar, é preciso tratar das crianças: lavar, vestir, preparar pequenos-almoços e lancheiras para a escola. É importante não esquecer nada! Há horários para cumprir e o tempo escasseia, por isso há que acelerar porque é preciso levá-los à ama, ao infantário ou à escola. Cumprida a tarefa, finalmente vamos para o emprego, onde passamos o dia a pensar no bem-estar do nosso filho e completamente alertas a qualquer tipo de chamamento, tipo bombeiros ou INEM. No fim de um dia de trabalho, saímos a correr para os ir buscar e levar à piscina, ao ballet, ao futebol, ao Karate, à música, à pintura, entre outras. Se estamos perto de casa, vamos até lá adiantar qualquer coisinha num instante, mas se é longe, ficámos à espera, durante uma ou duas horas, dentro do carro ou no café da esquina, pensando e remoendo no nosso cérebro todo o trabalho que temos ainda para fazer em casa e como aquele precioso tempo seria uma grande ajuda para isso. Finalmente eis-nos em casa! Dar banho às crianças, preparar a comida, servir-lhes a refeição, muitas vezes entremeada com birras e choros, levá-los para a cama e fazer com que se deitem a horas, enfim é uma grande azáfama e um verdadeiro teste à nossa paciência e papel de pais. Deixamos de estar com amigos, de viajar, ir a festas ou ao cinema e rateámos as idas ao cabeleireiro, ao ginásio e ao café, tudo em prol dos filhos e, se for necessário, até largamos o emprego para cuidar deles. De facto, Dia da Criança é todos os dias!
