Sendo hoje “Dia de Avós”, parece-me oportuno dedicar o poema que se segue a todos aqueles que se prezem de o ser, a todos quantos já desempenharam esse papel em gerações passadas e a todos os que desejem concretizar esse sonho futuramente. Avós são pais duas vezes!...São aquelas pessoas que nos sabem acolher e proteger de tudo e de todos, até mesmo dos próprios pais. Representam um porto de abrigo e a tábua de salvação, tanto para os netos como para os filhos. São a voz da experiência e da disponibilidade, e deles recordamos o carinho, a atenção e um amor incondicional, cedido de forma absolutamente generosa e sem qualquer tipo de exigência.
Mãos:Mãos que nos dais:
Carinho, alento!
Mãos que esperais:
Ajuda, alimento!
Podem saudar!
Pedir protecção…
Ou acalentar:
Qualquer coração.
Há as firmes, sadias
Tapadas e quentes.
Despidas, bem frias
Trémulas e doentes.
Fortes ou franzinas
De pele bem macia.
Ousadas, traquinas
Cheias de alegria.
Mãos que se estendem!
E sabem cuidar…
Mãos que aprendem!
E vão trabalhar…
Partem para o labor.
Destemidas, corajosas
Vão à luta, sem pudor.
Algumas cuidadas
Repletas de anéis.
Outras mal lavadas
Mas muito fiéis.
Umas bondosas
Muito amigas.
Outras invejosas
Cheias de intrigas.
Mãos que vos dais:
Mão da mãe!
Do pai, do irmão!
E outros que tais…
Mão de alguém!
Mãos com coração!
Sem serem iguais.
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