domingo, 26 de julho de 2009

Mãos

Sendo hoje “Dia de Avós”, parece-me oportuno dedicar o poema que se segue a todos aqueles que se prezem de o ser, a todos quantos já desempenharam esse papel em gerações passadas e a todos os que desejem concretizar esse sonho futuramente. Avós são pais duas vezes!...São aquelas pessoas que nos sabem acolher e proteger de tudo e de todos, até mesmo dos próprios pais. Representam um porto de abrigo e a tábua de salvação, tanto para os netos como para os filhos. São a voz da experiência e da disponibilidade, e deles recordamos o carinho, a atenção e um amor incondicional, cedido de forma absolutamente generosa e sem qualquer tipo de exigência.

Mãos:

Mãos que nos dais:

Carinho, alento!

Mãos que esperais:

Ajuda, alimento!


Podem saudar!

Pedir protecção…

Ou acalentar:

Qualquer coração.


Há as firmes, sadias

Tapadas e quentes.

Despidas, bem frias

Trémulas e doentes.


Fortes ou franzinas

De pele bem macia.

Ousadas, traquinas

Cheias de alegria.


Mãos que se estendem!

E sabem cuidar…

Mãos que aprendem!

E vão trabalhar…


Artísticas, habilidosas

Partem para o labor.

Destemidas, corajosas

Vão à luta, sem pudor.


Algumas cuidadas

Repletas de anéis.

Outras mal lavadas

Mas muito fiéis.


Umas bondosas

Muito amigas.

Outras invejosas

Cheias de intrigas.


Mãos que vos dais:

Mão da mãe!

Do pai, do irmão!

E outros que tais…

Mão de alguém!

Mãos com coração!

Sem serem iguais.


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